Em fevereiro de 2017, o BCE publicou um Guia sobre a Revisão Direcionada de Modelos Internos (TRIM) dirigida aos órgãos de administração de entidades significativas, que reflete a sua visão sobre as práticas de supervisão adequadas e explica como o BCE interpreta o quadro de Normativas da UE relativos a modelos internos e aspectos gerais da governo de modelos. O Guia TRIM está estruturado em quatro capítulos principais: aspectos gerais, risco de crédito, risco de mercado e risco de crédito de contraparte (CCR).

 


Guide to internal models (ECB)

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O TRIM realizado pelo BCE visa melhorar a credibilidade e confirmar a adequação dos modelos internos aprovados do Pilar 1 (crédito, mercado e contraparte) utilizados por entidades significativas para calcular os seus requisitos de fundos próprios. Nesse sentido, o TRIM envolve dois aspectos: i) o cumprimento dos requisitos regulatórios relacionados aos modelos internos, por meio de uma avaliação baseada, entre outras normas, nas diretrizes do CRR, CRD IV, RTS e EBA (GL), etc .; ii) a redução da variabilidade injustificada do RWA dos resultados derivados dos modelos internos tendo em conta os resultados de benchmarking, as diferentes interpretações do CRR e o tratamento da falta de interpretação das regras sobre modelos internos.

Neste contexto, o BCE publicou em novembro de 2018 uma atualização do primeiro capítulo sobre aspectos gerais do Internal Models Guide, que contém princípios sobre vários aspectos gerais dos modelos. Além disso, em julho de 2019, o BCE publicou também uma atualização dos capítulos sobre riscos específicos do Guia sobre modelos internos, que aborda risco de crédito, risco de mercado e risco de crédito de contraparte, com o objetivo de garantir a adoção de uma abordagem comum e coerente dos aspectos mais relevantes das regras relativas aos modelos internos aplicáveis ​​aos bancos diretamente supervisionados pelo BCE.

Esta Nota Técnica inclui uma análise do Guia sobre modelos internos do BCE.

Resumo executivo

O Guia do BCE sobre modelos internos pretende explicar como o BCE interpretará os regulamentos da UE aplicáveis ​​aos modelos internos de risco de crédito, mercado e contraparte, assegurará uma interpretação harmonizada e a aplicação do quadro legal jurídico existente, bem como assegurará que há um alinhamento com as mudanças planejadas em relação às regras sobre modelos internos.

Escopo de aplicação

  • O Guia dos modelos internos destina-se a instituições de crédito significativas supervisionadas pelo BCE.

Conteúdo principal

O Guia sobre modelos internos aborda o seguinte:

  • Aspectos gerais. Esta seção pretende informar as entidades sobre os princípios relacionados com os aspectos gerais e inclui os princípios gerais aplicáveis ​​aos modelos internos (por exemplo, roll-out e uso parcial permanente, governo interno ou validação interna).
  • Risco de crédito. Esta seção inclui aspectos relacionados, entre outros, a conservação de dados, uso de dados, PD, LGD, revisão de estimativas, ou o cálculo de vencimentos para exposições não-varejo.
  • Risco de mercado. Esta seção inclui aspectos relacionados, entre outros, ao back-testing regulatório de modelos de VaR, à validação interna de modelos de risco de mercado ou à metodologia para VaR e sVaR.
  • Risco de crédito de contraparte. Esta seção inclui aspectos relacionados, entre outros, a cobertura de posições, o período de risco de substituição de margem (MPOR) e fluxos de caixa, a modelagem de garantias, a modelagem da margem inicial, a maturidade ou a granularidade.

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