Aplicação do IFRS 9 entre as Instituições da União Europeia

Autoridade Bancária Europeia (EBA)

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) publicou seu segundo relatório de acompanhamento sobre a aplicação do IFRS 9 pelas instituições da União Europeia (EU). O relatório concentra-se nas carteiras de alto impacto (HDP) e tem como objetivo promover melhorias adicionais nas práticas do modelo de perdas esperadas por risco de crédito (ECL) entre as instituições da EU, garantindo transparência nas principais áreas de preocupação previamente identificadas pela EBA.


IFRS 9 Implementation by EU institutions

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Resumo Executivo

A EBA publicou um segundo relatório de acompanhamento da aplicação do IFRS 9 entre as entidades da EU. Com esta publicação, a EBA pretende promover melhorias adicionais nas práticas do modelo de ECL, garantindo transparência nas principais áreas de preocupação. As áreas desenvolvidas pela EBA incluem o enfoque de cálculo do aumento significativo do risco, os próprios modelos de estimativa de perdas esperadas ou ECL, a definição de probabilidade de inadimplência (PD), a incorporação de informações prospectivas e o backtesting.

Conteúdo Principal

  • Enfoque de avaliação dos testes de aumento significativo do risco de crédito (SICR). Abordagens de classificação (staging) mal projetadas e implementadas podem resultar no reconhecimento tardio de aumentos significativos no risco de crédito, o que compromete a medição do ECL com o horizonte temporal adequado.
  • Modelos ECL. A maioria das entidades aplicou uma abordagem baseada PD, na perda em caso de inadimplência (LGD) ou na exposição em caso de inadimplência (EAD) para determinar as ECL. Geralmente, as entidades fazem ajustes pós-modelo para levar em conta fatores de risco emergentes que os modelos não capturam a tempo e que muitas vezes têm caráter temporário.
  • Variabilidade e robustez do IFRS 9. Os dados de referência indicam certa variabilidade nas PD a 12 meses do IFRS 9 entre as entidades. Além disso, existem diferenças no uso de modelos baseados em classificações internas (IRB), na definição de inadimplência, na diferenciação de riscos e em sua quantificação.
  • Incorporação de informações prospectivas (FLI). Foram observadas áreas significativas de variabilidade em diferentes partes do processo de FLI, como a definição dos cenários macroeconômicos relevantes ou os métodos utilizados para incorporar os efeitos das projeções macroeconômicas nos parâmetros de risco e os métodos previstos para considerar os efeitos da não linearidade nas estimativas de perdas de crédito.
  • Abordagem das práticas de backtesting. A realização de backtesting é muito relevante no caso das previsões de ECL, uma vez que os modelos do IFRS 9 não estão sujeitos à aprovação supervisora prévia para seu uso. O backtesting das estimativas da vida útil das ECL requer não apenas o estabelecimento de metodologias, ferramentas e políticas robustas e processos eficazes, mas também dados suficientes e observações reais das cifras.

Acessar o documento em Aplicação do IFRS 9 entre as Instituições da União Europeia (somente disponível em Inglês).